7 de out. de 2022

Independência dos Países Africanos [9º]


Começaremos o 4º Bimestre dando uma olhada nas independências dos países africanos, processos que se deram durante a Guerra Fria.

Começamos assistindo ao episódio "Heróis da Independência Africana" do programa "Nova África" da TV Brasil.



Depois de assistir ao vídeo, conversamos sobre esses processos, e o que eles podem nos dizer sobre as demais independências que aconteceram no continente. Durante essas aulas, as tarefas de vocês era fazer um registro pessoal, com as informações principais.

Segue uma sugestão de registro.

Independência dos países africanos

  • As independências ocorreram durante a Guerra Fria, principalmente nas décadas de 50, 60 e 70 do século XX (o ano de 1960 é especial, contando com diversas independências).
  • Casos: Gana (colonizada por Inglaterra); Senegal (colonizada por França); Guiné-Bissau e Cabo Verde (colonizadas por Portugal).
  • Gana
    • Líder: Kwame Nkruma
    • Intelectual do movimento Panafricanista, que procurava unir as lutas dos povos africanos e da diáspora (descendentes de africanos vivendo fora do continente). A ideia era unir forças para estar a altura as potências da época.
    • Estratégia: passeatas, protestos, movimento popular.
  • Senegal
    • Líder: Leopold Senghor
    • Intelectual do movimento Négritude, que procurava valorizar a cultura africana e suas tradições, tirando a centralidade dos europeus.
    • Estragégia: diplomacia (diálogo e acordo no parlamento Francês).
  • Guiné-Bissau e Cabo Verde
    • Líder: Amilcar Cabral
    • Intelectual do Marxismo-Leninismo, que compreendia as independências africanas como parte  da luta anti-imperialista e anticapitalista.
    • Estratégia: precisou recorrer à luta armada, já que a saída diplomática não foi possível dado o endurecimento de Portugal.
  • Esses casos são exemplares porque nos ajudam a entender que os processos de independência foram múltiplos, com diversos modelos de pensamento e diversas estratégias.

A seguir, respondemos à questões sobre o tema, que podem ser encontradas no nosso livro didático (BOULOS JR, Alfredo. História, Sociedade & Cidadania, 9º Ano).

Abaixo seguem as respostas:

Respostas das questões sobre as Independências dos países Africanos e Asiáticos

1.
b) V, F, V, V (As frases falam do panafricanismo e da negritude, movimentos que foram importantes para as lutas pelas independências na África).


2. Dois dos princípios adotados pela Conferência de Bandung em sua declaração final foram o da neutralidade na Guerra Fria (se autodenominam Terceiro Mundo e não-alinhados com EUA ou URSS) e o do apoio às independências dos demais países africanos e asiáticos.


3.
a) Desobediência Civil é o ato de desobedecer a leis consideradas injustas e/ou humilhantes.
b) O ato de Gandhi considerado uma desobediência civil pelas autoridades britânicas foi a violação do monopólio do sal.
c) O trecho da notícia que mostra que a população indiana apoiava a desobediência civil de Gandhi é “Ghandi viola a lei do monopólio do sal sob aplausos da multidão”.
d) Resposta pessoal (você deve escrever se considera as ações de Gandhi uma forma de resistência pacífica ou não e justificar).


4.
a) Os moçambicanos eram vistos pelo colonizador português como “uma raça inferior e atrasada, com costumes primitivos, um povo ignorante”.
b) A teoria do século XIX que dizia que os africanos deveriam ser educados pela “raça superior” era a teoria do “fardo do homem branco” (era missão dos europeus civilizar os demais povos, considerados atrasados)  associada ao “darwinismo cultural” (a partir das teorias de evolução de darwin dizia-se que os brancos europeus eram uma “raça superior”.
c) Os contra-argumentos usados por Samora Machel para demonstrar as contradições existentes no discurso do colonizador são os de que “em Portugal há mais de 40% de analfabetos” e que “a miséria dos camponeses e do povo português é enorme”, logo não estariam em condições de “educar” os moçambicanos.


5.
a) Com base no poema é possível concluir que o trabalho nos cafezais dependia da mão de obra dos nativos angolanos, pois um trecho diz que o café era “negro da cor do contratado”.
b) O contratado ao que o poema se refere eram os trabalhadores dos cafezais.
c) O autor do poema critica as péssimas condições de trabalho nos cafezais, comparando o que se fazia ao café “vai ser torrado, pisado, torturado” com o que se fazia com os trabalhadores.
d) O poema foi escrito no contexto das lutas por independência de Angola.


6.
a) A personagem central está “abrindo o mar” da injustiça racial.
b) A charge faz referência ao personagem bíblico Moisés.
c) A atitude de Nelson Mandela que o iguala a Moisés é o fato de libertar o seu povo do apartheid, assim como Moisés libertou seu povo da escravidão.
d) Resposta pessoal (você deve elaborar uma legenda para a charge).